terça-feira, junho 27, 2006

Americanos no Iraque são entrave à paz

A situação no Iraque continua catastrófica, com o numero de mortes sempre a subir e o numero de deslocados também a chegar já aos 130.000, segundo uma noticia do Público.

A presença do exército norte-americano impede a negociação entre as várias partes com vista à reconciliação. O primeiro-ministro iraquiano apresentou um "plano de reconciliação" mas que não terminará com os confrontos devido a um simples facto: este plano não inclui nas suas metas a saída das forças norte-americanas do território iraquiano, o que, obviamente, levará à continuação da violência. Aliás, sete grupos rebeldes iraquianos chegaram a contactar o governo e demarcar que estão disponives para tratar da reconciliação.

Em muitos casos, a violência no Iraque não é originada pelo ódio entre as xiitas e sunitas, mas sim pelo ódio a um inimigo comum: o invasor americano, que teima em não sair do Iraque. É de realçar que, além da saida dos E.U.A do Iraque, é necessária uma outra condição para a paz e democracia no Iraque: um governo que represente os iraquianos e não um governo fantoche que deixe os americanos explorar economicamente o Iraque e o torne num país semi-colonial, que é o que está a contecer neste momento.

A situação vivida no Iraque prova que os que sempre se manifestaram contra a guerra estavam certos. Prova também que um dos principios marxistas está certo: aquele de que a revolução, mesmo que seja apenas politica, tem que ser obra dos trabalhadores, e não de um Estado invasor.