segunda-feira, agosto 14, 2006

A ONU, sempre em defesa dos interesses do imperialismo...

Foi aprovada pelo conselho de segurança da ONU uma proposta de resolução tendo em vista o fim da agressão do imperialismo sionista no Líbano. A resolução, que prevê a saída das tropas sionistas do sul do Líbano "quando for possível" (ficamos sem saber quando), foi aceite tanto por parte de Israel como por parte do governo libanês , que cumpre um papel meramente protocolar pois esse governo não é, de facto, nenhuma espécie de direcção politica do povo libanês. Para além do facto de não referir uma data concreta para a saida das tropas israelitas, a resolução estipula que Israel poderá continuar a levar a cabo "acções defensivas". Não é preciso ser um especialista em relações internacionais para saber o que isto significa: os crimes genocidas dos sionistas irão continuar, pois todos estes crimes são justificados com o argumento que são "acções defensivas". Ainda mais, a resolução prevê o reforço e envio de 15.000 homens da ONU para o sul do Líbano, o que obviamente significa que o trabalho que Israel não conseguiu fazer irá ser feito pelas tropas da ONU, que são representantes do imperialismo ocidental. Estas forças não vão para o Líbano para proteger o povo libanês mas sim para proteger os interesses da burguesia ocidental. Devido a este facto, é imperativo que o Hezbollah não seja desarmado, pois este movimento representa, nesta conjuntura politica, a unica força capaz de proteger o povo libanês. Apesar de não me identificar minimamente com o programa politico do Hezbollah, é um facto que este tem sido a vanguarda da resistência libanesa. Por isso tem que ser apoiado de uma maneira critica, sempre tendo em conta o seu carácter burguês.
Apesar disto tudo, há aspectos positivos a realçar: pela primeira vez, essa "lança" do imperialismo ocidental que é o Estado de Israel, foi impedida de cumprir a totalidade dos seus objectivos, e só demonstra que é possivel resistir e, num futuro próximo, vencer o sionismo. Por isso temos que reafirmar o nosso orgulho para com a resistência libanesa.